terça-feira, 5 de outubro de 2010

Estas alegrias violentas tem fins violentos. Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora, que num beijo se consomem. ( William Shakespeare)

"(...)Deparei-me com minha “fraqueza” emocional cara a cara!


Com certeza foi péssimo... A pior dor que já senti nesses meus dezoito anos de existência. Foi como se algo essencial me fosse tirado, senti durante algum tempo um vazio, uma dormência infinita no órgão que me foi furtado, arrancado e exterminado. Senti tanto aquela dor que ao me lembrar, não que eu goste, meu corpo dói, minhas mãos tremem, minhas costas ficam rígidas, e sinto bater bem lentamente meu coração, tenho a impressão que ele vai parar, só que essa impressão acaba quando sinto o sangue correr em minhas veias, minha arritmia cardíaca está atacada nos últimos dias, sinto também cada músculo se enrijecer, cada fio de cabelo, cada poro que se fecha em sentido de defesa. É como se meu corpo se auto protegesse de algo terrível que me assolou, me assola, ou poderá voltar bruscamente me arrebentando, cortando e dilacerando o que resta de mim (...)
(...)eu perdi algo inexplicavelmente especial e forte, e agora dessa coisa “especial e forte” só restam cinzas, nem as lembranças ficaram, pois seria masoquismo da minha parte lembrar (...)
(...) A principio o combinado era a gente esquecer, mas não foi assim que funcionou. Mesmo não querendo, achando que tudo isso foi uma grande besteira, que realmente não era pra ser, eu acabo achando paz nas lembranças, me esforço muito e chego ao auge de bem estar do meu dia quando lembro das palavras boas, que me conquistaram que me fizeram perder o sono, me roubaram suspiros, me deram sorrisos intensos, alegria em viver, essas palavras confortam meu coração, a lembrança delas consome parte do meu dia, não as coisas ruins que ouvi e sim o que de bom sonhei, o que me entristece é o fato de você ter se tornado essencial no meu dia(...)

(...) A cicatrização dessa ferida, que permanece aberta, vem do carinho que eu tenho por você e que aos poucos está definhando com esse sentimento, ele era tão especial... Único... Perfeito... E que ainda está comigo aqui dentro do peito durante longas madrugadas sem dormir, durante dias inteiros sem ouvir sua voz, durante finais de semana sem cor, sem brilho, sem calor(...)
(...) Não podia me fazer o que fez, eu errei? Errei! Mas e daí? Quem é tão perfeito assim?(...)
(...) estou me maltratando cada vez mais(...)
(...) Meu destino está traçado, vou muito longe na vida, não precisa se preocupar, necessitava desabafar, se não fizesse ficaria angustiada por mais tempo do que o normal, e preciso tirar essa dor...quanto ao sentimento vai ficar aqui comigo, guardado a sete chaves, e será eterno enquanto durar, talvez um dia passe...
Jéss"

Eu adoro escrever, é como se eu pudesse me livrar de minhas dores através das palavras, elas me libertam de algo que me prende, é fantástico o poder que elas têm de desenharem meus mais profundos sentimentos. Recortei alguns trechos de algo que escrevi a uns dias desabafando a dor que se enraizava aqui dentro de mim, podendo se transformar num câncer ou em algo bem ruim. Com certeza é um texto emotivo e talvez apelativo (consigo me auto criticar), porem os textos mais lindos e mais reconhecidos foram feitos em momentos de dor não de alegria, são textos que te comovem e te movem. Um dia vou escrever um livro de memórias...#sonho.
Jéssica Danne

2 comentários:

  1. poxa e a intenção nem era me fazer chorar lendo esse texto...snif rs...muito lindo amiga
    beijãooo

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  2. Rs... você chorou? Ai que linda!
    Eu também, enquanto escrevia eu soluçava, me doia tanto que parecia que era meu fim.
    Mas a gente supera né amiga...
    Ah mas que bom que você gostou, fico feliz por isso
    beijinho

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