terça-feira, 5 de abril de 2011

"O desespero mudou minha vida"

Noite de quarta feira


Minha vida está um caos. Como pude tudo mudar? Como pode meu casamento ter terminado desse jeito? Meus negócios estão afundando. Meu filho sempre tão dedicado ao kart agora não tem ninguém para patrocinar e, seu pobre pai dessa vez não vai poder ajudá-lo. De que me adianta esse apartamento se estou falindo e em breve terei que hipotecar tudo para pagar as dividas? O que irei fazer com meus três filhos? Não posso entregá-los para mãe, pois eles são a única coisa que eu ainda tenho minha três jóias, meus tesouros que irei levar comigo por toda a eternidade. Pensou Elke Alves da Silva no seu extremo desespero.
- Oba pai, brigadeiro!
- Sim filha, é o que vamos comer hoje. Vocês gostam certo?
- Sim papai. Respondeu Derek de apenas cinco anos.
- Vocês sabem que amo muito vocês né crian-ças? E que o papai faria tudo pra ver vocês bem, e ao meu lado?
- Sim pai, sabemos o quanto o senhor nos ama, e tudo o que tem feito por nós durante todos esses anos. Comenta Elke Junior com orgulho do pai por ter brigado para ficar com eles.
O pai se emociona, mas segue com o plano. Ele deixa as crianças com a panela de brigadei-ro e vai para o quarto. Pega sua arma. Espera por alguns minutos. Pensa porque está fazen-do aquilo? Cogita em correr até a sala e pedir pra eles vomitarem tudo. Mas surge uma força que prende o no quarto. Então ele seca as lágrimas, caminha tremulo até a sala. Avista as crianças dopadas e dispara três tiros todos na cabeça. Primeiro em Karoline. O segundo em Elke. E o último em seu caçula Derek. Instantaneamente as lágrimas invadem seu rosto, a dor é muito grande. Elke se junta às crianças e dispara um tiro na cabeça. A arma cai aos seus pés. Agora estão os quatro mortos, como Elke queria para sempre juntos.


Manhã de quinta feira
A empregada chega ao apartamento e nin-guém abre a porta nem atende o telefone. Será que eles foram viajar? Mas seu Elke não me avisou nada pensa Cremilda.
Familiares também tentam contato com os Alves, porém naquela casa mais ninguém atende o telefone.


Noite de sexta feira
Policiais entram no imóvel com ajuda de um chaveiro e acham os corpos, caixas de sedati-vos, uma arma de fogo calibre 380, cartas que supostamente foram escritas por Elke, um mapa de um cemitério ode estão jazigos da família, três armas: duas espingardas calibre 12 e 22, e um revólver calibre 32.
A mãe Maria de Fátima Diogo, ao ser informa-da pelos policiais ficou inconformada. Não acreditava que tamanha tragédia acontecera com sua família. Mesmo desconsolada não sentia ódio do ex-marido.
“Eu também queria que ele estivesse vivo junto com as crianças. Ele me disse que iria cuidar bem delas.”
De acordo com pessoas próximas à família contam que Elke e Maria estavam separados desde outubro, e tinham decidido que as crianças ficariam com Elke. Contam também que o relacionamento de mais de 18 anos era conflituoso.


No velório
Vários amigos dos jovens foram ao velório. A jovem Martina Hanna, quem Elke Junior só chamara de Sol, estava inconsolável. Ela o amava, os dois tinham uma ligação muito for-te de amizade, companheirismo e se enamo-ravam. Elke prometera a Martina que assim que Martina completasse 15 anos e ele conseguisse patrocínio para o kart, Elke pediria Martina em namoro. Sol estava em estado de nervos, motivo de preocupação de sua família.


Por Jéssica Danne

4 comentários:

  1. Ei florzinha
    Acabei de conhecer seu blog, vc está noiva tbm?
    Espero que a gnt troque muitas figurinhas rs.

    beijos

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  2. Oie, vim retribuir a visitinha, ameii seu cantinho.Beijos

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  3. Olá ANi, tudo bom linda?
    Então não estou noiva, mas espero um dia ser rs. Então, é que eu gosto desse universo feminino e todos os detalhes de uma data tão importante em nossas vidas.
    Cem certeza espero trocar figurinhas e aprender muita coisa com você.
    Beijinho linda, obrigada pela visita :)

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  4. Oi oi Bruna, ah obrigada pela visita :)
    Sinta-se a vontade aqui, qualquer dica é só falar.
    Também amei seu cantinho linda.
    Beijinhos

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