O Brasil tem uma triste história com a inflação. Desde a troca da moeda nacional em 1992, do cruzeiro para o real, uma decisão tomada pelo presidente da época Fernando Henrique Cardoso, que deixou o comércio brasileiro seguindo a moeda americana: o dólar, moeda mais confiável naquele momento de transição.
Hoje o real é uma moeda consolidada, que não depende mais de outras para estabelecer os preços dos produtos e serviços. No entanto, o aspecto econômico global atinge nosso cotidiano, a crise americana e europeia ameaçam a economia brasileira.
Quando vamos ao supermercado e observamos que determinados produtos estão aumentando o preço, este é um dos primeiros sinais da inflação percebidos por nós consumidores. Voltando a 1992, lembro-me da minha avó reclamando do preço do feijão que na semana passada custava R$4,99 e na semana seguinte passou a ser vendido por R$9,99. Lembro-me das pessoas sem comer carne, optando pelo frango e lembro-me também das filas nas gôndolas do supermercado quando havia a deflação. Momentos marcantes em nossas vidas, que fazem parte da história da economia nacional.
O Banco Central, BC, afirmou no início do mês que a taxa da inflacionária, imposta pelo governo no início do ano, já se encontra no teto de 6,5%. Esse desequilíbrio econômico teve durante todo o ano variações, a maior alta foi de 7,3% em setembro, fato que doeu no bolso dos brasileiros, principalmente nas mesas brasileiras que devido o aumento nos preços dos alimentos houve esse pico.
O governo e o BC querem cortar os juros pela metade, e também querem que no ano que vem o PIB nacional não feche em menos de 3%. Esse ano a previsão era fechar em 4%, mas infelizmente o crescimento do produto interno bruto será de apenas 3,5%.
A proposta é que a crise mundial não impacte a economia nacional, causando maiores prejuízos.
O brasileiro perde com os juros altos, com a inflação em alta e com o PIB lá em baixo... Infelizmente nós temos muito haver com isso.
Por Jéssica Danne